terça-feira, 22 de novembro de 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

COMO SABER SE SOU SALVO?



Como saber se já nasci de novo? Você já teve um encontro com Deus?

Muitos professam terem tido um encontro com Deus, mas seguem vivendo como antes. Mas um verdadeiro encontro com Deus deixa marcas! Abrão torna-se Abraão, Jacó transforma-se em Israel, Simão em Pedro, Levi em Mateus e Saulo em Paulo. Isaías exclamou: “ai de mim”! Zaqueu deixou de ser um corrupto ganancioso e passou a ser justo e caridoso. Ou seja, um verdadeiro encontro com Deus é impactante e transformador.

Alguém pode dizer: “eu creio, então, estou salvo”. O problema desta afirmação é que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.18), pois a verdadeira fé em Cristo é também transformadora. Quem reconhece que Jesus é o Senhor, deve também sujeitar-se ao seu senhorio. É fácil perceber que a grande maioria das pessoas ao nosso redor professa uma fé cristã, mas Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade (Mt 7:21-23).

Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (Jo 3:3). Nascer de novo implica em mudança de vida, pois a nova criatura não pode permanecer a mesma, mas deve viver em novidade de vida (Rm 6.4).
Jesus também ensinou que o caminho da salvação era estreito e apertado. Como saber, então, se estamos no Caminho? Jesus mesmo responde a esta pergunta com a seguinte frase: “pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7.20).

Se queremos conhecer que espécie de árvore somos devemos examinar os frutos, pois eles são realmente reveladores. Paulo exorta os cristãos dizendo: “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados” (2 Co 13:5).

João escreveu um livro para ajudar os cristãos a discernirem a autenticidade de seus relacionamentos com Cristo. “Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna” (1 Jo 5.13). Ele usa expressões descritivas das características dos salvos em Cristo que garantem aos possuidores delas a convicção de sua salvação. Tais expressões costumam conter os seguintes termos: “sabemos que” , “assim sabemos”, “deste modo sabemos”, “desta forma sabemos”, “conhecemos”, “assim conhecemos”, “nisto conhecemos”, “dessa forma reconhecemos”, “se alguém”, “dessa forma”, “quem não”, “todo aquele”, “todo aquele que é nascido de Deus”, “todo aquele que ama”, “todo aquele que crê”, “aquele que é”...

De acordo com João, aquele que é nascido de Deus apresenta as seguintes características:

1) Tem comunhão com Deus
2) Tem comunhão com a Igreja
3) Tem comunhão com a Verdade
4) Tem o testemunho do Espírito Santo
5) Tem respostas para as suas orações
6) Tem vitória sobre o pecado, o diabo e o mundo

1) Tem comunhão com Deus

· Tem comunhão com o Pai e com o Filho:
o “Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 Jo 1.3).
· Conhece a Deus.
o “Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos” (1 Jo 2:3).
o “conheceis o pai” e “conheceis aquele que existe desde o princípio” (1 Jo 2.14).
· Ama a Deus.
o “Amando a Deus e obedecendo aos seus mandamentos” (1 Jo 5:2).
o “Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (1 Jo 4:16).
· Está em Cristo:
o “Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5:20).
o “Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele” (1 Jo 2:5).
o “Os que obedecem aos seus mandamentos permanecem nele, e ele neles. Deste modo sabemos que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos deu” (1 Jo 3:24).
· Permanece em Cristo
o “Permanecei nele” e “dele não nos afastemos” (1 Jo 2.28).
o “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o principio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai.” (1 Jo 2.24).
· Anda na luz, pois Deus é luz
o “Deus é luz; nele não há treva alguma” (1 Jo 1:5).
o “Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7).

2) Tem comunhão com a Igreja

Os salvos mantem comunhão com a igreja e não somente com Deus (1.3). Deve ter comunhão com Deus (1.6) e também uns com os outros (1.7). Segundo João, os verdadeiros cristãos são os que:

· Amam os irmãos
o “Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos seus mandamentos” (1 Jo 5:2).
o “Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1 Jo 3:14).
o “Desta forma sabemos quem são os filhos de Deus e quem são os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não procede de Deus; e também quem não ama seu irmão” (1 Jo 3:10).
o “Quem afirma estar na luz mas odeia seu irmão, continua nas trevas” (1 Jo 2:9).
o “Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço” (1 Jo 2:10).
· Não abandonam a Igreja
o “Eles saíram do nosso meio, mas na realidade não eram dos nossos, pois, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco; o fato de terem saído mostra que nenhum deles era dos nossos” (1 Jo 2:19).
o “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (Hb 10:25).
o “Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 Jo 1:7).
· Reconhecem o valor da Igreja:
o “Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. Dessa forma reconhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro” (1 João 4:6).
· Seguem o exemplo de Jesus que deu sua vida em favor da Igreja para apresenta-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável (Ef 5.26-27). Devemos amar como Jesus amou:
o “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos” (1 Jo 3:16).

3) Tem comunhão com a Verdade

Crê que Jesus é o Verdadeiro Deus encarnado e a vida eterna:
o “Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5:20).
o “Vocês podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus” (1 Jo 4:2).
o “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho” (1 Jo 2:22).
o “Quem crê no Filho de Deus tem em si mesmo esse testemunho. Quem não crê em Deus o faz mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus dá acerca de seu Filho” (1 Jo 5:10).
o “De fato, muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em corpo. Tal é o enganador e o anticristo” (2 Jo 1:7).
Dá ouvidos a sã doutrina apostólica:
o “Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. Dessa forma reconhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro” (1 Jo 4:6; cf. Ef 2.20, At 2.42; 3 Jo 13, 4, 8 e 12).
o “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o principio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai.” (1 Jo 2.24).
Obedece a Palavra de Cristo:
o “Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele” (1 Jo 2:5).
Está firmado e seguro na Verdade:
o “Assim saberemos que somos da verdade; e tranquilizaremos o nosso coração diante dele” (1 Jo 3:19; 2 Jo 1.1-4 e 3 Jo 13, 4, 8 e 12).
o “A Palavra de Deus permanece em vós” (1 Jo 2.14).
o “Nisto conheceremos que somos da verdade” (1 Jo 3.19).
Não dá ouvidos aos falsos profetas
o 1 Jo 2.18-27
o 1 Jo 4.1-6
o “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”(1 Jo 4.4)
o “Nisto reconheceremos o espírito da verdade e o espírito do erro” (1 Jo 4.4 e 5)
o “Guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5.21).
“Mentira alguma jamais procede da verdade”
o 1 Jo 2.21
Se tem comunhão com Deus tem comunhão com a Verdade, pois:
o “O Espírito é a Verdade” (1 Jo 5.6)
o “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida”(Jo 14.6).
o “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”(Jo 8.32).
o “A Palavra de Deus é a Verdade” (Jo 17.17).
o “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 Jo 5.20).

4) Testemunho do Espírito

Podemos saber que somos salvos pelo Espírito Santo que testifica com o nosso próprio espírito que somos filhos de Deus (Rm 8.16). O Espírito nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Pelo Espírito somos levados a convicção que Jesus é Senhor (1 Co 12.3) e também é por Ele que clamamos “Aba, Pai” (Rm 8.15; Gl 4.6). O Espirito derrama amor em nossos corações (Rm 5.5). O Espírito nos ensina (1 Co 2.13 e 1 Jo 2.27). o Espírito Santo nos guia, “porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14).
João, portanto, ensina que todo aquele que verdadeiramente é filho de Deus possui o testemunho do Espírito Santo como podemos ver nos textos abaixo:

· “E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu” ( 1 Jo 3.24).
· “Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito” (1 Jo 4.13).
· “E o Espírito é o que dá testemunho” (1 Jo 5.6).
· “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho” (1 Jo 5.10, cp. Rm 8.16; Ef 1.13-14)
· “A sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas” (1 Jo 2.27 e 1 Co 2.13).

5) Tem respostas para as suas orações

· Podemos saber que somos salvos por que o Senhor tem respondido as nossas orações:
· “E aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável” (1 Jo 3.22 cf. Tg 5.16; Jo 15.7)
· “E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos” (1 Jo 5:15).

6) Tem vitória sobre o pecado. O Diabo e o mundo

João ensina que o cristão pode saber que é salvo porque está vivendo uma vida de vitória sobre o pecado, o diabo e o mundo:

Vitória sobre o pecado:
  • “Sabeis também que Ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Todo aquele que permanece nele não vive pecando, todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 Jo 3.4-6).
  • “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1 Jo 3.8,9).
Vitória sobre o diabo
  • “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno (1 Jo 2.14).
Vitória sobre o Mundo
  • “Não ameis o Mundo” (1 Jo 2.15)
  • “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o Mundo: a nossa fé. Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?” (1 Jo 5.4, 5).
  • “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado” (1 Jo 5.18).
O Cristão já foi liberto do domínio do pecado (Rm 6.14), já morreu para o pecado e não deve continuar vivendo nele (Rm 6.2). Isto não significa que esteja imune a possibilidade de pecar (1 Jo 1.8). O crente precisa vigiar, pois ainda está suscetível a cair em tentação (Lc 22.46). O Cristão já é uma nova criatura, cujo velho homem foi crucificado com Cristo (Gl 2.20; 5.24). Mas isto não significa o mesmo que estar automaticamente blindado contra o pecado. Ainda há uma longa batalha a ser travada contra o pecado, o diabo e as paixões mundanas. Há uma grande luta interior. Uma batalha difícil entre o espírito e a carne (Gl 5.17). Por isto é que encontramos inúmeras exortações para andarmos em espírito a fim de não darmos ocasião a carne (Gl 5.16-25; Co 3.8; Ef 4.22; Rm 8.13). O cristão não pode mais viver segundo a vontade da carne, mas deve ser guiado pelo Espírito de Deus, “porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”(Rm 8.14).

João afirma que sua carta tem como propósito conduzir os cristãos à uma vida de vitória sobre o pecado: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis” (1 Jo 2.1). Os filhos da Luz, não devem andar nas trevas (1 Jo 1.6), mas se tropeçarem em sua caminhada, não devem permanecer prostrados, pois tem em Cristo um grande advogado para interceder em seu favor a fim de alcançarem perdão e purificação para seguirem firmes em seu propósito de viverem para Deus (1 Jo 1.8 e 2.1-2).

Ainda que o pecado seja uma realidade na vida do cristão, uma grande diferença entre os que são filhos de Deus e os que não são é que o verdadeiro cristão não vive praticando o pecado, pois não é mais escavo do pecado e sabemos que “todo aquele que vive pecando é escravo do pecado” (Jo 8:34). Por isto é que João afirma: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; aquele que nasceu de Deus o protege, e o Maligno não o atinge.” (1 Jo 5:18).
A diferença é que são de Deus não estão sob o poder do Maligno: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno” (1 Jo 5:19).

Sabemos que somos novas criaturas porque recebemos um novo coração (Ez 11.19; 36.26) e um novo Espírito (Ez 36.27) que nos capacita a guardar os mandamentos de Cristo (1 Jo 2.3-7; 3.22; 5.2). Como exclamou Jesus: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama” (Jo 14.21). Isto significa uma vida de vitória sobre o pecado! Uma vida de santidade possibilitada pelo Espírito Santo de Deus! “Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pe 1:3). Sim, fomos chamados para participar de sua virtude. Pedro arremata dizendo: “para que vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça” (2 Pe 1.4). Por isto é que o cristão não pode amoldar-se a forma deste mundo (Rm 12.1-2), pois foi escolhido para ser santo, conforme a imagem de Jesus (Rm 8.29; Ef 1.4).

De acordo com João, o filho de Deus deve andar na luz, porque Deus é luz (1 Jo 1.7), deve amar, porque Deus é amor (1 Jo 4.8), deve praticar a justiça, porque Deus é justo (1 Jo 2.29; 3.7,10), deve ser verdadeiro porque Deus é a Verdade (2.21, 27), deve ser puro porque Deus é puro (1 Jo 3.3-9). Em suma, deve andar assim como Ele andou (1 Jo 2.6).

Sabemos que somos salvos porque estamos em Cristo, porque estamos seguindo os seus passos, porque estamos no Caminho! Tropeços acontecem, mas estamos no Caminho da Luz. Encontramos perdão neste caminhar e força para prosseguir. Nossa caminhada não é solitária. O Senhor nos guia e desfrutamos da presença constante do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Também encontramos irmãos e irmãs que seguem a este mesmo Senhor Verdadeiro, Justo, Puro e Amoroso. Nosso Senhor é nossa Luz e Salvação. Nosso Senhor é nosso alvo e motivação. Nosso Senhor é a nossa força para vencer o pecado, o Diabo e o Mundo.

Bispo José Ildo Swartele de Mello

PREGAÇÃO CHOCANTE!!!

CONCÍLIO GERAL BRASILEIRO - 2011

Bispo Ildo foi reeleito na primeira sessão do Concílio Geral Brasileiro na noite da última Sexta-feira, dia 11 de Novembro de 2011, com 119 votos dos 132 válidos.

O Concílio Geral Brasileiro havia convidado o Bispo Cecílio da Republica Domnicana para presidir a primeira sessão, pois a Igreja Metodista Livre tem o costume de convidar um bispo de outro concílio geral para presidir a sessão em que será feita a eleição de bispo visando conferir mais neutralidade, garantindo assim que tudo transcorra de acordo com o Manual Metodista Livre, mas o Bispo Cecílio teve uma dificuldade com seu visto e não pode viajar. Sendo assim, o Bispo Anderson Caleb da Igreja Metodista Wesleyana foi convidado para presidir o Concílio Geral Brasileiro.

Foi uma alegria poder contar com o apoio do Bispo Anderson que presidiu a sessão e também trouxe uma mensagem muito inspiradora sobre a importância da unidade da igreja baseada em Efésios 2, devemos construir pontes de amizade e destruir muros de separação.

Além do Bispo Anderson, a Pra. Yokimi Yuaça da Igreja Holiness, o Pr. Marcelo Takara do Concílio Nikkei e o Pr. Daniel Owsley do Concílio Geral Americano trouxeram uma palavra de saudação em nome de seus respectivos concílios.

O Missionário Roy Kenny que está visitando o Brasil com uma equipe de evangelizadores do Canadá deu um inspirado testemunho que sensibilizou a todos. O Bispo Ildo solicitou a ele que desse impetrasse uma bênção sobre todos os pastores e líderes leigos presentes, por reconhecer a autoridade espiritual dele que chegou ao Brasil ao lado de sua esposa e filhinha de seis meses de visa no ano de 1955 e serviu com amor e devoção a igreja por anos e anos. O coração do Pr. Roy Kenny continua verde e amarelo!

O Bispo Ildo, os cinco superintendentes e o Pr. José Carlos Moura deram seus relatórios a respeito do desenvolvimento das igrejas no Brasil e em Angola. O Bispo Ildo falou sobre o tema: "Unidos para conquistar esta geração" baseado na oração sacerdotal de Jesus registrada em João 17 e apresentou os alvos para o próximo quadriênio, com enfoque na formação e capacitação de líderes, multiplicação de grupos pequenos e plantação de igrejas. Ficou estabelecido o alvo de 15% de crescimento ao ano no número de membros, pastores e igrejas. Queremos também dobrar o número de pastores de tempo integral, ou seja, totalmente consagrados ao ministério.

Visando aprimorar a estrutura para melhor servir a missão da igreja, foram aprovadas diversas propostas de mudanças no Manual da Igreja com ampla maioria de votos, quase todas por unanimidade, o que reflete a união do concílio! Em breve estaremos publicando as propostas aprovadas.

Diversas pessoas testemunharam que este foi um dos melhores concílios de nossa história. Muita adoração, muita Palavra, muita visão, muita direção de Deus, muita oração, tudo numa atmosfera de amor, unção e confiança.

O louvor foi dirigido por uma equipe de membros de diversas igrejas, liderada pelo Tchello. As deliciosas refeições foram preparadas com muito carinho e esmero pelas irmãs da Igreja de Vila Moraes e também de Mirandópolis. Os pastores Isaías, Ana Maria e Leonor auxiliaram em muito o bispo Ildo na organização e planejamento do Concílio.

Foi muito bom ver a participação maciça de pastores e delegados das igrejas de todos os concílios.

Louvamos a Deus pelo apoio dos superintendentes, dos pastores e dos líderes leigos que oraram e participaram com muita disposição e alegria para o sucesso deste concílio.

Estamos "unidos para alcançar esta geração"!

As escolhas do nosso presente são determinantes para o nosso futuro. Precisamos ser cuidadosos. Muitas vezes reclamamos de estar colhendo aquilo mesmo que plantamos.

Preciosa mensagem do Bispo Anderson Caleb da Igreja Metodista Wesleyana sobre o dever de derrubar muros de intrigas e construir pontes de amizade.
Ao Concílio Geral Metodista Livre em 11/11/11.

sábado, 22 de outubro de 2011

PALESTRA - 6 PRINCÍPIOS DE UMA VIDA SANTA

VIDEO DA VIAGEM DO BISPO ILDO A RIO CASCA/ MG

As Marcas e o Caráter de um Metodista

As Marcas de um Metodista

De modo algum, queremos nos distinguir dos cristãos reais, qualquer que seja sua denominação, como também daqueles que, sinceramente, buscam aquilo que reconhecem ainda não possuir. Pois quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está no céu, este é meu irmão, irmão ou mãe.

E assim rogo, meus irmãos, pelas misericórdias de Deus, que não sejais divididos entre vós. É o teu coração reto para comigo, assim como o meu o é para contigo? Eu nada mais pergunto. Se assim o for, dá-me tua mão. Não destruamos a obra de Deus por causa de simples termos e opiniões. Tu serves e amas a Deus? Isto é o bastante. Estendo-te a minha mão direita em sinal de comunhão. Se há qualquer consolação em Cristo, se há qualquer conforto no amor, se há comunhão no Espírito, lutemos juntos pela fé evangélica, andando de maneira digna da vocação a que fomos chamados, com toda humildade e mansidão, assim também com longanimidade. Suportemo-nos uns aos outros em amor e esforcemo-nos por manter a unidade do Espírito, no vínculo da paz, lembrando sempre que há um só corpo como também um só Espírito, pois nossa vocação está apenas em uma esperança: um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está sobre todos, age por meio de todos e está em todos.

John Wesley (Fundador do Metodismo)
Veja também o texto de Wesley denominado: O Caráter de Um Metodista:

O Caráter de um Metodista
Por John Wesley

"Não como se eu já tivesse conseguido!".

Ao leitor:

1. Assim que o nome foi conhecido no mundo, muitos estavam perdidos quanto ao que significavaMetodista; quais os princípios e prática daqueles que são comumente chamados por esse nome; e quais as marcas peculiares dessa religião "a qual tem sido, em todos os lugares, falado contra".

2. E, sendo, geralmente, acreditado que, eu era capaz de dar um relato esclarecedor dessas coisas, (já que eu tenho sido um dos primeiros a quem esse nome foi dado, e a pessoa, pela qual as demais supõem que ele esteja direcionado), eu tenho sido chamado, de todas as formas, e com a mais extrema seriedade, a assim proceder. Eu me rendo, pelo menos, à importunidade contínua, tanto de amigos quanto de inimigos; e agora faço o mais claro relato que eu posso, na presença do Senhor e Juiz dos céus e da terra, sobre os princípios e prática, por meio dos quais, aqueles que são chamados Metodistas são distinguidos de outros homens.

3. Eu digo aqueles que são chamados Metodistas; porque, deixe isso ficar, bem observado, esse não é um nome que eles pegaram para si mesmos, mas um fixado sobre eles, através do caminho da reprovação, sem a aprovação ou consentimento deles. Ele foi, primeiro, dado a três ou quatro jovens de Oxford, por um estudante da Igreja de Cristo; em alusão aos Physicians (médicos), assim chamados, que ensinavam que todas as doenças podiam ser curadas através de um método específico de dieta e exercícios, tanto quanto da observação deles de um método mais regular de estudo e comportamento, do que aquele que era usual aos da mesma idade e situação deles.

4. Eu poderia regozijar-me (tão pouco ambicioso eu sou para ser o mentor de qualquer doutrina ou partido), se esse nome nunca mais fosse mencionado, mas fosse queimado no esquecimento eterno. Mas se isso não pode ser, que, pelo menos aqueles que irão usá-lo, saibam o significado da palavra que eles usam. Não permita que lutemos sempre na escuridão. Venham, e nos deixe olhar, uns aos outros, na face. E, talvez, alguns de vocês que odeiam aquilo do qual eu sou chamado, possam amar aquilo que eu sou, pela graça de Deus; ou melhor, o que "eu sigo, se eu compreender que, através disso, eu também sou compreendido de Cristo Jesus".

O Caráter de Um Metodista

1. As marcas peculiares de um Metodista não são as opiniões dele de qualquer tipo. Sua concordância a esse ou aquele sistema religioso; ele abraçar algum grupo particular de idéias, sua adesão ao julgamento de um homem ou de outro, estão todos, completamente, longe do ponto. Quem quer que, entretanto, imagine que um Metodista seja um homem desse tipo, ou dessa opinião, é, grosseiramente, ignorante de toda a questão; ele se equivoca da verdade, totalmente. Nós acreditamos, realmente, que "toda Escritura é dada pela inspiração de Deus"; e onde nós somos distinguidos dos judeus, turcos, e infiéis. Nós acreditamos que as palavras escritas de Deus sejam regra única e suficiente, tanto de fé como de prática cristã; e onde nós, fundamentalmente, somos distinguidos daqueles da Igreja Católica. Nós acreditamos que Cristo seja o Deus eterno e supremo; e onde nós somos diferenciados dos "Socianians" e Arianos. Mas, com respeito a todas as opiniões, que não colidem com a raiz do Cristianismo, nós pensamos e deixamos pensar. De modo que, o que quer que eles sejam, se certos ou errados, eles não são as marcas distintas de um Metodista.

2. Nem são as palavras ou frases de qualquer tipo. Nós não colocamos nossa religião, ou qualquer parte dela, sendo atada a qualquer modalidade peculiar de falar, grupo fantástico ou incomum de expressões. Diante de outros, nós preferimos as palavras mais óbvias, fáceis e comuns, tanto nas ocasiões costumeiras, como quando falamos das coisas de Deus. Nós nunca, entretanto, de boa-vontade, ou intencionalmente, desviamos da maneira de falar mais usual; a menos, quando nós expressamos as verdades bíblicas, nas palavras bíblicas, as quais, nós presumimos, nenhum cristão irá condenar. Nem nos afligimos a usar quaisquer expressões particulares das Escrituras, mais freqüentemente, do que outras, a menos que elas sejam usadas, mais amiúde, pelos próprios escritores inspirados. De maneira que é um erro grosseiro colocar as marcas de um Metodista em suas palavras, como, nas opiniões de toda espécie.

3. Nem nós desejamos ser distinguidos por ações, costumes, ou usos, de uma natureza imparcial. Nossa religião não se coloca fazendo o que Deus não tem se alegrado, ou abstendo-se daquilo que ele não tem proibido. Ela não se coloca na forma de nossos trajes, na postura de nossos corpos, ou na cobertura de nossas cabeças; não ainda, em nos abster do casamento, ou de carnes e bebidas, as quais são boas, se recebidas com ações de graça. Entretanto, nem irá homem algum, que conhece, a respeito do que ele afirma, fixar as marcas do Metodista aqui —, em alguma ação e costume, puramente, indiferente, indeterminado pela palavra de Deus.

4. Nem, ultimamente, ele é distinguido por colocar toda a tensão da religião em alguma parte singular dela. Se você disser: "Sim, é, porque ele pensa 'que nós somos salvos pela fé somente'": Eu respondo: Você não entendeu as condições. Através da salvação ele quer dizer santidade de coração e vida. E isso ele afirma brotar da fé verdadeira apenas. Pode algum cristão comum negar isso? É isso que está colocando uma parte da religião para um todo? "Nós, então, podemos invalidar a lei através da fé? Deus proíbe! Sim, nós firmamos a lei". Nós não colocamos o todo da religião (como muitos fazem, Deus sabe), em não fazendo mal algum, ou em fazendo o bem, ou em usando as ordenanças de Deus. Não, não em todas elas, juntas; em que nós sabemos, por experiência, que um homem pode trabalhar muitos anos, e, ao fim, não ter religião; não mais do que ele tinha no começo. Muito menos, em qualquer um desses; ou, e pode ser, em um pedaço de algum deles: como ela que se acredita uma mulher virtuosa, apenas porque ela não é uma prostituta; ou ele que sonha que é um homem honesto, meramente, porque ele não rouba ou furta. Possa o Senhor Deus de meus pais, preservar-me de tal religião pobre e faminta como essa! Fossem essas as marcas de um Metodista, eu logo escolheria ser um sincero judeu, turco ou pagão!

5. "Qual, então, é a marca? Quem é um Metodista, de acordo com o seu próprio relato?" Eu respondo: Um Metodista é aquele que tem "o amor de Deus derramado por todo seu coração, pelo Espírito Santo dado a Ele"; alguém que "ama o Senhor seu Deus com todo seu coração, e com toda sua alma, e com toda sua mente, e com todas as suas forças. Deus é a alegria em seu coração, e o desejo de sua alma; a qual está, constantemente, clamando: Quem eu tenho, nos céus, a não ser a ti? Não há ninguém sobre a terra que eu deseje, além de Ti! Meu Deus e meu tudo! Tu és a força de meu coração, e minha porção para sempre!".

6. Ele é, contudo, feliz em Deus, sim, sempre feliz, como tendo nele, "um poço de água, fonte da vida eterna", e transbordando sua alma com paz e alegria. "Amor perfeito", tendo agora, "lançado fora o medo", ele "se regozija sempre mais". Ele "se regozija, sempre, no Senhor", sempre "no Deus, seu Salvador"; e, no Pai, "através de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem ele tem agora recebido a redenção". "Tendo" encontrado a "redenção, através de seu sangue, o perdão de seus pecados" ele não pode deixar de se regozijar, sempre que ele olha para trás, para a cova horrível, de onde ele foi liberto; quando ele vê "todas as suas transgressões e iniqüidades apagadas, como uma nuvem". Ele não pode deixar de se regozijar, quando ele olha para as condições em que ele está agora; "sendo justificado, livremente, e tendo paz com Deus, através de nosso Senhor Jesus Cristo". Porque "ele que acredita, ter o testemunho" disso "em si mesmo"; sendo agora o filho de Deus, pela fé. "Porque ele é um filho, Deus tem enviado adiante o Espírito de seu Filho, no seu coração, clamando: Abba, Pai!". E "o próprio Espírito é testemunha com seu espírito de que ele é um filho de Deus". Ele se regozija também, quando ele olha, para frente, "na esperança da glória que deve ser revelada"; sim, essa sua alegria é completa, e todos os seus ossos clamam: "Abençoado seja Deus, e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, de acordo com sua abundante misericórdia, tem me recriado na esperança viva — da herança incorruptível, inviolável, e que não se desvanece, reservada, nos céus, para mim!".

7. E ele que tem sua esperança, assim "cheia da imortalidade, em todas as coisas, agradece"; como sabendo que (o que quer que elas sejam) "é a vontade de Deus, em Cristo Jesus, concernente a ele". Dele, no entanto, ele, carinhosamente, recebe tudo, dizendo: "Boa é a vontade do Senhor"; e se o Senhor dá ou tira, igualmente, "glorifica o Seu nome". Porque ele tem "aprendido, em qualquer condição que esteja, nesse momento, estar contente". Ele sabe "ambos, como ser humilhado, e como estar em abundância. Em todo o lugar, e em todas as coisas, ele está instruído a estar saciado e a estar faminto; a estar em abundância e a sofrer necessidade". Se, no bem estar físico, ou na dor; na doença ou na saúde, na vida ou na morte, ele agradece das profundezas de Seu coração a quem ordena isso para o bem; sabendo que como "todo dom agradável vem do alto", então, nada, a não ser o bem pode vir do Pai das luzes, daquele, em cujas mãos ele tem, completamente, colocado seu corpo e alma, como nas mãos do Criador fiel. Ele tem, então, "cuidado" (ansiosamente, ou despreocupadamente) "de nada" tendo "colocado todas as suas preocupações Nele que cuida por ele", e "em todas as coisas" descansa Nele, depois "de fazer seu pedido conhecido a Ele com ações de graças".

8. Porque, realmente, ele "ora, sem cessar". É dado a ele "sempre orar, e não fraquejar". Não que ele esteja sempre na casa de oração; embora ele não negligencie a oportunidade de estar lá. Nem que ele esteja sempre de joelhos, apesar de estar, freqüentemente, ou com seu rosto diante do Senhor seu Deus. Nem ainda ele está sempre clamando alto para Deus, ou o chamando em palavras: Muitas vezes, "o Espírito intercede por ele, com gemidos que não podem ser exprimidos". Mas todo o tempo, a linguagem do seu coração é esta: "Tu, esplendor da glória eterna, junto a ti está meu coração, embora sem voz, e meu silêncio fala junto a ti". E essa é a verdadeira oração, e apenas essa. Mas seu coração está sempre erguido para Deus, todo o tempo, e em todos os lugares. Nisso, ele nunca é obstruído, muito menos, interrompido, por qualquer pessoa ou coisa. Sozinho ou acompanhado, nos momentos de folga, no trabalho, ou conversando, seu coração está sempre com o Senhor. Se ele se deita, ou se levanta, Deus está em seus pensamentos; ele caminha com Deus, continuamente, tendo o olho do amor de sua mente, ainda fixado Nele, e em todo o lugar, "buscando a Ele que é invisível".

9. E, enquanto isso, ele, desse modo, sempre exercita seu amor a Deus, orando, sem cessar, regozijando-se, sempre mais, e em todas as coisas dando graças; seus mandamentos estão escritos em seu coração: "Que, ele, que ama a Deus, ame ao seu irmão, também". E ele, concordantemente, ama seu próximo, como a si mesmo; ele ama cada homem, como sua própria alma. Seu coração está cheio de amor para com toda a humanidade, para com todos os filhos do "Pai de todos os espíritos de toda a carne". Que um homem não lhe seja conhecido, pessoalmente, não é barreira alguma a seu amor; não, nem àquele que ele não aprova que recompense sua boa-vontade com ódio. Porque ele "ama seus inimigos"; sim, e os inimigos de Deus, "o mau e o mal agradecido". E se não está em seu poder "fazer o bem a quem o odeia", ainda assim, ele não cessa de orar por eles, embora eles continuem a rejeitar seu amor, e ainda "maliciosamente, o usem e o persigam".

10. Porque ele é "puro de coração". O amor de Deus tem purificado seu coração de toda paixão vingativa, da inveja, malícia e ira, de todo temperamento indelicado ou afeição maligna. Isso o limpou do orgulho e altivez de espírito, de quem, sozinho, emana contenda. E ele agora está "cheio de misericórdia, delicadeza, humildade de mente, brandura, e longanimidade": De modo que ele "abstém-se e perdoa, se ele tem alguma disputa com alguém; assim como Deus, em Jesus Cristo, o perdoou". E, realmente, todo possível motivo para contenda, de sua parte, é extremamente, cortado fora, Porque ninguém pode tirá-lo do que ele deseja; vendo que ele "ama não o mundo, nem coisa alguma dele"; sendo agora "crucificado para ele, e o mundo crucificado nele"; sendo morto para tudo o que nele está, para "a cobiça da carne, a cobiça dos olhos, e o orgulho da vida". Porque "todo seu desejo está em Deus, e na lembrança de Seu nome".

11. De acordo com esse seu único desejo, é o único objetivo de sua vida, ou seja, "não fazer a sua própria vontade, mas a vontade Dele que o enviou". Sua única intenção todo esse tempo e, em todas as coisas não é, agradar a si mesmo, mas a Ele que a sua alma ama. Ele tem um único olho. E, porque "seu olho é único, todo seu corpo é cheio de luz". De fato, onde o olho de amor de sua alma é, continuamente, fixo em Deus, não pode haver escuridão, afinal, "mas o todo é luz; como quando a luz brilhante da vela ilumina a casa". Deus, então, reina sozinho. Tudo o que está na alma é santidade para o Senhor. Não há um movimento em seu coração, a não ser o que está de acordo com a Sua vontade. Cada pensamento despertado aponta para Ele, e está em obediência à lei de Cristo.

12. E a árvore é conhecida por seus frutos. Porque como ele ama a Deus, então ele guarda seus mandamentos; não apenas alguns, ou a maioria deles, mas todos, do menor ao maior. Ele não está satisfeito em "manter a lei toda, e ofender em um ponto"; mas ele tem, em todos os pontos, "a consciência, sem ofensa, para com Deus e para com o homem". O que quer que Deus tenha proibido, ele evita; no que quer que Deus tenha se alegrado, ele faz; e mesmo que isso seja pequeno ou grande, difícil ou fácil, jubiloso ou doloroso, para a carne. Ele "executa os mandamentos de Deus", agora que ele tem o coração livre. É sua glória, então, fazer isso; é sua coroa de regozijo, diariamente, "fazer a vontade de Deus sobre a terra, como ela é feita nos céus"; sabendo que é o mais alto privilégio dos "anjos de Deus, daqueles que se sobressaem, em força, para cumprir Seus mandamentos, e escutar atentamente a voz de Sua Palavra".

13. Todos os mandamentos de Deus, ele, concordantemente, mantém, e isso, com todo sua força. Porque sua obediência está em proporção ao seu amor, a fonte de onde isso flui. E, por conseguinte, amando Deus com todo seu coração, ele serve a ele com toda sua força. Ele, continuamente, apresenta sua alma e seu corpo, como um sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus; inteiro e sem reservas, devotando a Ele, tudo o que tem, tudo o que é, para sua glória. Todos os talentos que ele tem recebido, ele, constantemente, emprega, conforme a vontade do Mestre; cada poder ou faculdade de sua alma, cada membro de seu corpo. Uma vez, ele "consentiu que eles fossem instrumentos da iniqüidade, para o pecado", mas, agora "tendo nascido dos mortos, ele consente" que todos eles "sejam instrumentos da retidão para Deus".

14. Por conseqüência, o que quer que ele faça, é tudo para a glória de Deus. Em toda sua ocupação, de toda a espécie, ele não apenas concentra seus esforços, (que implica em ter um único olho), mas, atualmente, ele consegue isso. Suas ocupações, ou suas horas de repouso, tanto quanto suas orações, tudo serve a esse grande fim. Se ele está sentado em sua casa, ou caminhando; se ele se deita, ou levanta, ele está promovendo, em tudo que fala ou faz, a única ocupação de sua vida; se ele coloca seus trajes, ou trabalha, ou come e bebe, ou se diverte do trabalho exaustivo, isso tudo tende ao crescimento da glória de Deus, pela paz e boa-vontade entre os homens. Sua única e invariável regra é essa: "O que quer que seja feito, em palavra ou ação, fazer tudo, no nome de Nosso Senhor Jesus, dando graças a Deus e ao Pai por ele".

15. Nem os costumes do mundo, afinal, o impedem de "correr a corrida que está colocada diante dele". Ele sabe que os maus hábitos não perdem sua natureza, embora sempre se tornem tão na moda; e lembra que "todo homem deverá dar um relato de si mesmo a Deus". Ele não pode, por conseguinte, "seguir" mesmo a "multidão para fazer o mal". Ele não pode "passar, suntuosamente, bem, todos os dias", ou "fazer provisão, para a carne se encher de cobiça, depois disso". Ele não pode "deitar tesouros na terra", não mais do que ele pode botar fogo em seu próprio peito. Ele não pode "adornar a si mesmo", por qualquer pretensão, "com ouro ou trajes suntuosos". Ele não pode tomar parte, ou encorajar alguma diversão que tenha a menor tendência ao vício de qualquer espécie. Ele não pode "falar mal" de seu próximo, nada mais do que ele pode mentir, tanto para Deus quanto para o homem. Ele não pode expressar uma palavra indelicada de alguém; por amor, ele mantém fechados seus lábios. Ele não pode dizer "palavras vãs"; "nenhuma comunicação corrupta" deverá "sair de sua boca, como todas aquelas que não são boas para o uso da edificação", não "adequadas para ministrar graça aos ouvintes". Mas "por mais que as coisas sejam puras, por mais que sejam amáveis, por mais que sejam", justamente, "de boa reputação", ele pensa, ele fala, ele age, "adornando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, em todas as coisas".

16. Por último. Sempre que pode, ele "faz o bem a todos os homens"; seu próximo, e estranhos; amigos e inimigos: e de toda a forma possível; não apenas aos seus corpos, "alimentando o faminto, vestindo o nu, visitando aqueles que estão doentes ou na prisão"; mas, muito mais, ele trabalha para o bem da alma deles, com a capacitação que Deus lhe deu, para acordar aqueles que dormem na morte; trazer os que estão acordados para o sangue reparador, que, "sendo justificado pela fé, eles podem ter paz com Deus"; e provocar aqueles que têm paz com Deus, para abundar ainda mais em amor e boas obras. E ele, de boa-vontade, "passa e vai passar nisto", mesmo "para ser oferecido no sacrifício e serviço da fé deles", de maneira que eles possam "todos chegar na medida e na estatura da plenitude de Cristo".

17. Esses são os princípios e práticas de nossa religião; essas são as marcas de um verdadeiroMetodista. Por meio dessas apenas, aqueles que estão, no ridículo, assim chamado, desejam ser distinguidos de outros homens. Se algum homem disser, "Mas esses são apenas os princípios comuns fundamentais do Cristianismo!". Tu o disseste; então, eu concordo; essa é a própria verdade; eu sei que não existem outras; e eu gostaria, em Deus, que tu e todos os outros homens soubessem que eu, e todos os que seguem meu julgamento, recusam-se, veementemente, a serem distinguidos de outros homens, a não ser pelos princípios comuns do Cristianismo — o claro, e velho Cristianismo que eu ensino, renunciando e abominando todas as outras marcas de distinção. E a quem quer que eu pregue, (deixe-o ser chamado, pelo que ele deseja, porque nomes não mudam a natureza das coisas), ele é um cristão, não apenas no nome, mas, no coração e na vida. Ele está, interiormente e exteriormente, em conformidade com a vontade de Deus, como revelada, nas palavras escritas. Ele pensa, fala, e vive, de acordo com o método estabelecido, na revelação de Jesus Cristo. Sua alma está renovada, na busca da imagem de Deus, na retidão, e em toda santidade verdadeira. E tendo a mente que estava em Cristo, ele, então, caminha como Cristo também caminhou.

18. Por essas marcas, por esses frutos da fé viva, nós trabalhamos para distinguir a nós mesmos do mundo descrente, de todas aquelas mentes ou vidas que não estão de acordo com o Evangelho de Cristo. Mas dos cristãos reais, quaisquer que sejam as denominações deles, nós, sinceramente, não desejamos ser distinguidos, afinal; não daqueles que, sinceramente, buscam o que eles sabem que eles ainda não têm obtido. Não: "quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, o mesmo é meu irmão, e irmã, e mãe". E eu imploro a vocês, irmãos, pela misericórdia de Deus, que nós não sejamos, de modo algum, divididos, entre nós mesmos. Está teu coração comigo, como o meu está contigo? Eu não farei mais perguntas. Se assim for, dê-me tua mão. Por opiniões ou termos, não nos deixe destruir o trabalho de Deus. Tu amas e serve a Deus? É o suficiente. Eu dou a você a mão direita do companheirismo. Se existe algum consolo em Cristo, se existe algum conforto de amor, se alguma amizade do Espírito; se existe misericórdia; permita que nós nos esforcemos, juntos, pela fé do Evangelho; caminhando dignos da vocação, pela qual, nós fomos chamados; com toda humildade e brandura, com longanimidade, tratando com clemência, um ao outro, no amor, esforçando-nos para manter a unidade do Espírito, nos laços da paz; lembrando que há um corpo, e um Espírito, mesmo quando somos chamados com uma esperança de nosso chamado; "um Senhor, uma fé, um batismo; um Deus e Pai de todos, que está acima de tudo, e através de tudo, e em você todo".

Tradução Izilda Bella

Desafios sociais que a Igreja encara hoje

(Autor: Bispo José Ildo Swartele de Mello)
Já vimos que a Missão de Cristo e da Igreja não tem a ver apenas com indivíduos e com aspectos espirituais. Há uma íntima relação entre indivíduos e sistemas sociais. Pois enquanto as pessoas criam sistemas sociais como instituições econômicas, políticas, religiosas e culturais, ao mesmo tempo estas mesmas instituições modelam as pessoas.i O impacto da queda afeta tanto o indivíduo como o sistema social, portanto o impacto do Evangelho do Reino deve se fazer sentir sobre ambos. A missão cristã trabalha em favor da redenção de todas as pessoas, sistemas sociais e meio ambiente, apresentando um Evangelho completo que tem a ver com toda a vida. Este é o Reino de Deus.ii
Veremos, mais adiante, como foi que Wesley e o metodismo encararam de modo exemplar questões sociais que eram muito importantes naquele tempo. O sucesso deles em algumas empreitadas como na questão da abolição da escravidão, nos inspira e nos dá confiança para enfrentarmos os grandes desafios sociais dos nossos tempos. Como Igreja devemos saber quais são as questões sociais que estão aí diante de nós, como um desafio para a Igreja.
Poderíamos falar sobre injustiça social, globalização, guerras, violência urbana, desestruturação familiar, crise de autoridade, relativismo, vícios, pornografia, comportamento sexual, hedonismo, individualismo, consumismo, materialismo, aborto, eutanásia, corrupção, questões do meio-ambiente, e tantas outras sérias questões que afetam a humanidade. Mas não é propósito deste trabalho tratar de cada uma das sérias questões sociais que a Igreja tem que encarar nos dias de hoje, mas, como exemplo, queremos levantar algumas questões buscando traçar algumas linhas de ação para a Igreja diante de alguns desafios que se apresentam.
Um dos principais problemas que ainda desafia a consciência cristã na atualidade é a questão da justiça social. Gerada pelo individualismo materialista e hedonista da nossa sociedade que tem sido caracterizada pelo consumismo. Como bem advertiu Padilla, quando disse que, nós, como Igreja, “não podemos perder de vista o caráter demoníaco de todo o meio ambiente espiritual que condiciona o pensamento e a conduta dos homens. Não podemos ignorar a realidade do materialismo, a absolutização da era presente no que ela oferece”.iii Concordo com Padilla quando ele diz que o cristianismo secular está obcecado com a vida deste mundo, onde a esperança cristã acaba se confundindo com a esperança intramundana do marxismo, expressa na teologia da libertação, e do capitalismo, expressa na teologia da prosperidade, e, no extremo oposto, temos a escatologia futurista que faz da religião um meio de escape da realidade presente, postura esta que acaba por justificar à critica marxista de que a religião é o ópio do povoiv, pois serve como instrumento para manutenção do status quo, tanto por uma atitude de fuga no caso dos dispensacionalistas, como numa atitude de acomodação ao espírito da época na edificação de um cristianismo-cultura como acontece no caso da teologia da prosperidade, na apresentação de um “evangelho” adequado ao “cliente”, que são os “livre consumidores”. Precisamos, continuamente, estarmos nos julgando a nós mesmos e as nossas ações a luz da palavra de Deus para que não sejamos um mero reflexo da sociedade, com seu materialismo, mas, sim, que possamos cumprir nossa missão na terra como agentes do Reino de Deus, agindo como sal da terra e luz do mundo.

O desafio do cristianismo frente a esta sociedade de Consumo

Hoje, vivemos numa sociedade de consumo, antes dela o que tínhamos era uma sociedade de produção, onde se exigia muita abnegação e renúncia em prol da produção e também da construção da própria felicidade, realização e prazer que eram adiados para um tempo futuro ou de aposentadoria. Foi a aquela sociedade que Freud se reportou. Mas na tentativa de combater um extremo de repressão, acabamos mergulhando num extremo oposto, num mundo do "não se reprima!", "experimenta!", "No limit!"... Portanto, na sociedade atual de consumo, o que predomina é o individualismo e o hedonismo. Não existe disposição para se adiar nada. Os próprios pais procuram satisfazer todos os desejos dos filhos, que acabam não aprendendo a lidar com frustrações e "nãos". As propagandas, que são o pulmão deste sistema, criam novas "necessidades" e nos falam de uma vida plena de satisfação imediata, tipo êxtase proporcionado pelas drogas. Só que isto é utópico para a maioria das pessoas que estão excluídas dos bens de consumo. Tal frustração, incrementada pelo grande contraste entre a realidade e o sonho, só faz é escancarar ainda mais a porta para o alcoolismo e para o mundo das drogas. As drogas parecem, em algum sentido, ainda que por pouco tempo, proporcionar a sensação de prazer tão valorizada por esta sociedade de consumo. O incremento da violência também é uma outra decorrência! Esta visão tão colorida da vida, que pouco tem a ver com a realidade da grande maioria das pessoas, acaba fomentando ainda mais inveja, cobiça e frustração, não apenas pela ausência do básico, mas, agora, também pela ausência do supérfluo que nos é apresentado como sendo indispensável para a sensação de bem-estar. Temos também que, em nome da felicidade individual e também fascinado pela "grama do vizinho que parece mais verde que a nossa", impaciente e frustrado com as naturais crises do casamento, o indivíduo, está cada dia menos disposto a pagar um preço de renúncia em prol da sobrevivência da relação, e, não tendo disposição de suportar frustração, a curto prazo, para conquistar realização a médio e longo prazo, acaba optando pelo caminho aparentemente mais fácil e de recompensa mais imediata ainda que isto possa lhe custar sua felicidade futura.

Teologia da Prosperidade é produto da sociedade de consumo

A teologia da prosperidade é produto desta sociedade de consumo, prometendo conceder através da fé tudo aquilo que as propagandas dizem que uma pessoa precisa ter para ser feliz. Tal teologia tem domesticado o texto bíblico a fim de adequá-lo a mentalidade consumista, numa tentativa de validar o acumulo de riquezas, o que tem levado muitos crentes a se acomodarem e se amoldarem a este mundo, contrariando os rogos do Aposto Paulo (Rm 12.1-2). Assim sendo, muitas igrejas, em vez de serem um termostato, acabam sucumbindo e se tornam apenas um termômetro que reflete e se ajusta ao clima, só mostrando o clima, mas não influenciando e transformando o clima. Esta teologia faz da fé uma varinha de condão e, do nome de Jesus, uma espécie de abracadabra ou lâmpada de Aladin para a realização de todos os sonhos despertados pela sociedade de consumo. Alguns pastores sucumbem aos encantos do sucesso e, buscando se tornarem celebridades, acabam entrando no espírito deste mundo consumista. Passam a pregar uma mensagem triunfalista e adocicada que esconde o preço do discipulado, nada falando sobre a necessidade da negação de si mesmo e de se carregar cada um a sua própria cruz, nada dizendo também sobre a graça de padecermos por Cristo. Usam Deus e a Bíblia como justificativa e meio para satisfação da ganância humana. Pregadores da teologia da prosperidade estão como que dizendo que tudo está bem e que o sistema é magnífico e que os outros podem também vir a serem ricos como eles. Nada de novo nisto, pois Miquéias 7.2-4 mostra que a injustiça estava institucionalizada e permeava toda a sociedade incluindo os falsos sacerdotes e profetas que, já em sua época, visavam buscar riqueza para si mesmos.
Numa perspectiva bíblica é possível enxergar a pobreza dos ricos, que ainda que sejam ricos para si mesmos, são pobres para com Deus e para com os demais seres humanos. Tal pobreza do rico alimenta a pobreza do pobre.v
Hoje, os pastores da teologia da prosperidade, com a promessa de prosperidade e saúde sempre em nome da fé, entram numa competição desenfreada em busca de adeptos ou “consumidores”, chegando a apelar para novidades e “promoções” a fim de atrair o povo. Por falar no povo, é ele a grande vítima de todo este complexo sistema de nossa sociedade consumista, que acabou até seduzindo parte da Igreja evangélica. Diante da grande mentira de que o prazer, o sucesso e o bem-estar físico, econômico e social são o grande alvo da vida e que tudo isto está acessível a todos, iludido, o povo busca no consumo a realização imediata deste ideal, mas, quase sempre, tem que lidar com a realidade de uma vida de privações, injustiça, lutas e muitos sofrimentos. Frustrado, desamparado e só está o “freguês”, sentindo-se fracassado e oprimido pela ditadura do ter. Agora, nem na Igreja encontra respostas para a sua dor, mas apenas ainda mais culpa por não ter tido fé suficiente para ter sido bem sucedido na vida profissional ou para ter sido curado de algum mal.
A espiritualidade cristã não pode ser confundida com prosperidade financeira, nem com sucesso e nem com saúde. Pois, fosse este o caso, não poderíamos considerar nem a Jesus e nem os apóstolos como homens espirituais, visto que eram pobres, ficavam doentes, passaram muitas necessidades, sofreram perseguições, foram presos, desprezados pelo mundo e foram martirizados. Jesus mesmo disse que não tinha onde reclinar a cabeça (Mt 8.20) e não tinha dinheiro sequer para pagar o imposto, tendo que solicitar a Pedro que pescasse um peixe que teria uma moeda dentro de si que serviria para pagar esta divida (Mt 17.24-27), pois sabemos que Jesus, sendo rico se fez pobre (2 Co 8.9). Pedro e João disseram claramente que não possuíam ouro nem prata (At 3.6). Paulo experimentou período de pobreza (Fp 4.11, 2 Co 6.10, Tg 2.5). Comunidades inteiras de cristãos do Novo Testamento eram muito pobres (2 Co 8.2, Rm 15.26, Ap 2.9). A própria Maria, entre todas as mulheres a mais agraciada, não teve um lugar descente para dar a luz ao seu Filho bendito. Todas as portas se fecharam e apenas a porta do curral foi a que se abriu para ela e para José seu esposo. Ela não ficou murmurando e nem ficou rejeitando aquele lugar fétido e incipiente. Ela não ficou ali inconformada reivindicando um lugar condizente a sua condição de bendita entre todas as mulheres. Ela, pelo contrário, aceitou a sua própria cruz, acolheu a bendita graça de padecer por Cristo e não de somente crer nele (Fp 1.13). Foi naquele curral e naquela manjedoura improvisada de berço que se fez Natal. A noite mais feliz da história humana! Eis aí mais um exemplo do privilégio de participar dos sofrimentos de Cristo e completar o que falta de suas aflições (Colossenses 1:24). Perguntaram a William Booth, fundador do Exército de Salvação, qual era o segredo do seu sucesso, ele respondeu: "Deus teve de mim tudo o que Ele quis". Infelizmente os evangélicos seduzidos pelo consumismo têm feito o contrário: exigem de Deus tudo o que eles querem.
iMyers, Bryant L. Caminar con Los Pobres. Manual teórico-prático de desarrollo transformador. Buenos Aires: Kairós. 2002. P.51
iiMyers, Bryant L. Caminar con Los Pobres. Manual teórico-prático de desarrollo transformador. Buenos Aires: Kairós. 2002. P.52.
iiiPadilla, C. R. Missão Integral, São Paulo, FTL-B/Temática, 1992. 209 pp.
ivIbid.
vMyers, Bryant L. Caminar con Los Pobres. Manual teórico-prático de desarrollo transformador. Buenos Aires: Kairós. 2002. P.59.